miércoles, 11 de abril de 2012

"Ei, você..."

Ei,
Ei, Ei...
Se...
você...
você,
sem dúvida...
É você por quem espere
dia após dia,
hora após hora,
momento após momento...?
Sim, você...
Você pode me ouve?,
Eu falo com você...
Olhe para mim...
Você me vê?,
Você me reconhece como sua alma gêmea,
sua metade perdida,
seu outro eu,
sua razão de viver...?
Ouça-me...
Pegue minha mão,
isso,
que estendo a você
trêmula
aquecida.
A mão que procura uma carícia,
um pedaço da pele onde se desliza
e desenhar em contato tímido
ondas de desejo...
Diga-me...
Você reconhece minha mão
mesmo antes de senti-as em você?
Você trouxe essas memórias cálidas
de atrito de algodão,
o sussurro fraco de seu nome na minha boca,
quando os meus dedos estavam impregnados
de mel de seus lábios.
Aguarde...
Volte...
Eu sei que é você
ainda näo tenha lhe conhecido
mas de alguma forma você faz parte de mim.
Eu vi
e meu coração falou seu nome.
Diga-me...
Você acredita também?
Você começa trechos de ontem
premonitório
sem viver
e ainda tão viva...
Você não me conhece,
mas você me teve...
Não te conheço,
mas eu te tive...
Ei,
Ei, ei...
você,
se...
você,
sem dúvidas é você...